sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Um Santo e Feliz Natal!
Adoremos o Deus Menino, o Nosso Salvador!

sábado, 11 de dezembro de 2010

D. José dos Santos Garcia partiu para o Pai




Faleceu hoje em Cucujães pelas 12:00h D. José dos Santos Garcia, Bispo emérito de Porto Amélia (Pemba) em Moçambique.
D. José dos Santos Garcia, nasceu em Aldeia do Souto (Covilhã), Diocese da Guarda a 16-04-1913, tinha então 96 anos, tendo sido ordenado sacerdote a 25-07-1938 e Bispo de Nampula (Moçambique) a 16-06-1957.
No passado dia 12 de Maio participou nas Vésperas com Sua Santidade tento oportunidade de o saudar pessoalmente e de receber a sua bênção no fim a celebração na Igreja da Santíssima Trindade.
Recebeu o sacramento da intimidade com o Pai (unção) no hospital da Covilhã.
D. José Garcia esteve nestes últimos dias no Seminário da Imaculada Conceição da Guarda tendo sido levado para Cucujães nas últimas horas da sua vida.
A Celebração Exequial terá lugar o na Igreja Paroqual de Cucujães (localiza-se ao lado do Seminário das Missões) pelas 15:00 de segunda-feira(13/12/2010).
Ficando o corpo no Cemitério de Cucujães como vontade de D. José.

sábado, 27 de novembro de 2010

Deus existe?!

Vejam este video..

                                          

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Lançamento de um Livro

“Quando for grande quero ser Sacerdote. Seduzidos por Cristo e testemunhas da sua Ressurreição”, é o novo livro do Padre Martins.
Promete ser um novo sucesso pela sua qualidade e audácia.
O livro editado pela Paulus será apresentado no próximo dia 17 de Dezembro pelas 18:00 na Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço - Guarda pelo prelado Diocesano sob a presidência do Cónego Eugénio Sério.
in Paulus

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mensagem de D. Manuel para a Semana dos Seminários

O Seminário, comunidade de discípulos de Cristo a caminho do Sacerdócio Ministerial

Em carta recentemente dirigida aos seminaristas de todo o mundo, o Papa Bento XVI contava a seguinte experiência pessoal. Em Dezembro de 1944 foi chamado para o serviço militar, na Alemanha, quando a II Guerra Mundial se encaminhava para o seu termo. O Comandante da sua Companhia resolveu perguntar aos que foram chamados para esta incorporação o que pretendiam fazer no futuro. Joseph Ratzinger disse que queria ser sacerdote católico. Resposta pronta do chefe militar: tens de procurar outra coisa qualquer, pois na Nova Alemanha já não há necessidade de padres.
A profecia não se cumpriu.
Esta “Nova Alemanha” duraria apenas mais uns escassos meses e a necessidade do Sacerdócio Católico, num mundo e numa Europa que se desejam novos, está, de facto, a crescer.
Isto acontece, apesar da tentativa constantemente renovada de prescindir dos valores que a Igreja e o Sacerdócio Católico se propõem apresentar e que são decisivos para a autêntica humanização da nossa sociedade. De facto, são muitos os que continuam a pensar e a dizer e até mesmo a propor modelos educativos que marginalizam a Igreja e com ela os valores que ela não desiste de viver e colocar no palco da vida social.
Para cumprir esta sua missão a Igreja precisa de padres.
Os padres são aqueles a quem Deus confia a primeira responsabilidade pela organização da vida da Igreja e das suas distintas comunidades de Fé. Mas mais do que organizadores e gestores, os padres são chamados a viver e a testemunhar a verdade que Deus quer dar a conhecer aos homens e o amor sem restrição que lhes dedica.
Ora, os modelos culturais e as propostas de vida que hoje são dominantes no nosso mundo nem sempre ajudam os nossos jovens a despertar para a beleza e a importância decisiva deste serviço à Igreja e por ela à sociedade enquanto tal. Uma cultura essencialmente marcada pela cedência ao materialismo e ao pragmatismo; uma cultura mais voltada para o sentimento, o estímulo da sensibilidade e a valorização do efémero do que para os valores perenes não ajuda a que as camadas mais jovens se concentrem no que é essencial e nos valores humanos de sempre. Mais ainda, quando se quer fazer passar a mensagem de que o centro e o critério único de todas as decisões estão só no indivíduo e na satisfação dos seus interesses e ele é que é a única medida das decisões que deve tomar, entra-se por caminhos de relativismo que não ajudam a construir personalidades fortes capazes de sacrificar tudo por ideais superiores.
É por isso que hoje a pastoral vocacional e sobretudo a proposta do caminho do Sacerdócio Ministerial às camadas jovens exige o apontar de modelos de vida que temos de considerar uma autêntica contra-cultura.
Não queremos nem podemos esquecer que os jovens aos quais dirigimos o convite para entrarem no Seminário e futuramente no exercício do Ministério Sacerdotal são jovens deste tempo em que vivemos, sujeitos às mesmas solicitações dos outros jovens e também com muitas debilidades e tentações comuns aos outros.
Mais ainda, ao ser-lhes proposto o caminho do Sacerdócio Ministerial também não lhes podemos apresentar só bons exemplos da parte daqueles que já somos sacerdotes ordenados. Há limitações e mesmo erros efectivamente cometidos por nós que já estamos no exercício do Ministério Sacerdotal, que não escondemos àqueles que se propõem seguir o mesmo caminho de serviço à Igreja e por ela à comunidade humana em geral.
A própria Igreja considera-se a si mesma, ao mesmo tempo, santa e pecadora, desde os tempos mais primitivos da sua existência.
É neste quadro da vida da Igreja e da nossa sociedade actual que, ao vivermos mais uma Semana dos Seminários em Portugal, desejamos dizer aos jovens da nossa sociedade que este é um caminho que vale a pena ser percorrido e, por isso, é bom que ele seja colocado entre as hipóteses de escolha àqueles que se encontram agora na fase de tomar as grandes decisões da sua vida.

Guarda e Casa Episcopal, 5 de Novembro de 2010
+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Semana dos Seminários

Jesus Cristo, Bom Pastor
que dás a vida pelas Tuas ovelhas.

Tu és o Filho muito amado do Pai,

Tu és o nosso Mestre e Salvador.

Faz dos nossos seminários

Comunidades de discípulos,

Sementeiras de Amor,

de serviço e de entrega radical pelo Teu Reino;

sinais de esperança de um futuro de vida verdadeira,

em abundância para todos.

Fortalece e ilumina

no discernimento vocacional os nossos seminaristas;

confirma nos dons do Espírito Santo os seus formadores;

enche de generosidade e espírito de serviço

os auxiliares que com eles trabalham.

Recompensa e abençoa os benfeitores,

que com a oração e partilha de bens, zelam pela missão;

ampara o nosso Bispo e os nossos párocos,

para que sejam sempre fiéis ao dom do seu sacerdócio;

desperta a generosidade e a coragem dos nossos jovens

para Te seguirem e concede às nossas famílias o dom de

Te proporem como caminho, verdade e vida...

Nós Te pedimos por intercessão de Nossa Senhora,

Tua e nossa mãe…

sábado, 6 de novembro de 2010

Feliz Aniversário D. Manuel


Pelo seu 63º aniversário oramos e felicitamos o nosso Bispo.
Parabéns!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Faleceu o D. Tomaz da Silva Nunes

D. Tomaz era bispo auxiliar de Lisboa e antigo secretário e porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), faleceu esta noite.
Nasceu em Lisboa a 3 de Dezembro de 1942, D. Tomaz foi ordenado padre em 1973 e nomeado bispo auxiliar de Lisboa a 7 de Março de 1998. Todo o seu percurso esteve muito ligado à educação, sendo actualmente presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã.
Licenciado em ciências geofísicas e em teologia, mestre em ciências da educação, D. Tomaz foi assistente da Liga Operária Católica e da Juventude Operária Católica.
Durante seis anos foi secretário e porta-voz da CEP e actualmente era vigário-geral da Cúria Patriarcal. Acompanhava as vigararias do Termo Oriental de Lisboa e pastoral sócio-caritativa da diocese.
É de notar que D. Tomaz era uma pessoa discreta, simples e dinâmica.
O corpo de D. Tomaz da Silva Nunes estará na Igreja de Fátima, em Lisboa. A missa exequial realizar-se-á amanhã, dia 2 de Setembro, pelas 11 horas.

sábado, 7 de agosto de 2010

Peregrinação Diocesana a Fátima

Nos próximos dias 18 e 19 de Agosto irá decorrer no Santuário de Fátima a Peregrinação Diocesana e terá o seguinte programa:

Dia 18:
17h00 até às 19h00 - Celebração Penitêncial na Igreja da Santíssima Trindade
21h15 - Saudação a Nossa Senhora na Capelinha das Aparições, terço e procissão das velas
23h00 até às 24h00 - Vigília na Basílica

Dia 19:
9h00 - Oração da manhã na Igreja da Santíssima Trindade
10h30 - Celebração Eucarística com procissão
13h00 - Fim da peregrinação

sábado, 3 de julho de 2010

Solenidade de São Pedro e São Paulo



"Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo"


1. Hoje celebramos a festa do Papa - o primeiro da história da Igreja - que começou a sua vida como pescador no Mar da Galileia! As escolhas e decisões de Deus não respeitam e ainda bem a lógica e os critérios dos homens!
Interpelado por Jesus, que promete fazer dele pescador de homens, Simão decide deixar tudo para O seguir. Ele ainda não sabe que Jesus é "o Messias, o Filho de Deus vivo" e também não entende o que significa ser pescador de homens. No entanto pressentindo nele algo de muito especial, Simão aceita o desafio que lhe é dirigido por Jesus, dispondo-se a começar com Ele uma vida nova. Simão rompe com aquele que é o seu passado e desfaz-se das suas certezas e seguranças humanas, confiando a Jesus o seu presente e o seu futuro.
Simão passa a andar com Jesus, acompanha-O nas suas deslocações pela Palestina, testemunha a sua vida, o modo como se relaciona com as pessoas e as obras que realiza; escuta a Sua Palavra, quer quando prega às multidões quer quando se dirige mais privadamente aos apóstolos. Deste modo, Ele vai entrando na intimidade de Jesus e, nessa mesma medida, vai dando conta que Jesus se distingue radicalmente dos outros mestres do seu tempo. O seu ensinamento é de facto portador de algo divino. As palavras da sua boca soam como palavras do próprio Deus.
Por isso mesmo, Ele confessará, no contexto do discurso sobre o pão vivo descido do Céu: "Tu tens palavras de vida eterna" (Jo 6, 68). No momento em que muitos discípulos abandonam Jesus, por considerarem duras e insuportáveis as suas palavras, Simão decide-se a permanecer com Ele. Simão acredita que Jesus é o Pão vivo descido do Céu, o único que garante ao homem a ressurreição e a vida eterna.
2. Mais tarde, quando questionados por Jesus sobre a sua verdadeira identidade, Simão responde em nome dos apóstolos: "Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo". Simão acertou m cheio. A resposta não podia ser ais perfeita. De facto, Jesus é o Messias que liberta, é o filho de Deus que salva os homens.
Porém, para que Simão não se iluda e não se encha de orgulho, Jesus adverte-o que a exactidão da sua resposta se deve, não às suas capacidades humanas, mas a uma graça especial de Deus. Só com a ajuda do Pai celeste, o homem pode conhecer e acreditar em Jesus como "o Messias, o Filho de Deus vivo".
Nesta ocasião, Jesus, mudando o nome de Simão para Pedro, anuncia-lhe a sua futura missão: Ele irá desempenhar um papel fundamental na construção da Igreja de Cristo.
Após a sua ressurreição, Jesus volta a examinar Pedro. Agora, repetindo por três vezes a mesma pergunta, Jesus quer testar até que ponto Pedro O ama. Examina-o sobre o amor, porque só quem a alcança o verdadeiro conhecimento.
Pedro, embora se sinta incomodado e triste com a insistência de Jesus, afirma, sem qualquer hesitação interior: "Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo". A pergunta parece-lhe desnecessária, quase uma provocação. Se Jesus sabe tudo, certamente sabe que ele o ama e o ama muito.
Jesus - Ele que sabe tudo, que conhece o mais íntimo do coração do homem - não questionou a autenticidade da resposta de Pedro. Sabe que as palavras de Pedro correspondem ao que sente o mais íntimo do seu coração. Precisamente porque sabe que Pedro o ama e o ama assim tão intensamente, Jesus pode confiar plenamente nele. Por isso mesmo, Ele confia-lhe a sua Igreja. Pedro, deve continuar na Terra a missão de Jesus: a missão de congregar, apascentar, conduzir e confirmar todos os irmãos na fé.


3. Pedro é o primeiro Papa da Igreja. É um Papa muito diferente do que nós sabemos ou imaginamos de um Papa. É um Papa qe ão tem estado para governar nem bens para administrar; é um Papa sem poder nem riqueza, não vive em palácios nem ostenta vestes esplendorosas, não ceita títulos honoríficos nem outros privilégios humanos; não sabe teologia e desconhece o direito canónico, não faz discursos complicados nem promulga leis que compliquem a vida dos fiéis.
A sua única riqueza - a riqueza que Ele sente como seu dever parilhar com os homens - é Jesus Cristo, o Messias, o Filho de Deus. Ele compreendeu a partir do exemplo do Mestre, que a grandeza do homem não está em ser servido pelos homens, mas em servir os homens por amor de Deus.
Por isso, estou persuadido que Pedro nunca teve a noção de ser Papa, muito menos Santo Padre ou Sua Santidade, menos ainda Romano Pontífice. Ao ver la do Céu como são e querem ser tratados os seus sucessores, não devem deixar de encontrar graça e, ao mesmo tempo, sentir pena.
Ele teve plena consciência de que agia em nome de Cristo e de que, além disso, devia agir e viver como Ele. Por outras palavras, não só tinha consciência de que possuía o mesmo poder de Jesus, pois Jesus confiara-lhe a sua missão, mas que o devia exercer com o mesmo espírito de serviço, de desprendimento e de humildade, com a mesma dedicação e o mesmo amor.
É isto que se espera de Pedro, do Pedro de cada tempo da história da Igreja, quer ele se chame Pedro, Paulo, João ou Bento.
A fidelidade a Jesus passa necessariamente pela imitação da sua vida, pela identificação com Ele e não apenas pela transmissão de ensinamentos. De resto, se falta a fidelidade na imitação da sua vida, é muito difícil ser fiel no anúncio do seu Evangelho.
É dever de todos nós rezar por Pedro - o Pedro dos nossos dias é Bento XVI - para que Ele seja fiel a Jesus Cristo, à verdade da sua vida e do seu Evangelho; para que assuma a Palavra de Deus como único programa da vida e acção da Igreja; para que Ele confesse com a sua vida que Jesus é o Messias e o Filho de Deus vivo; para que, desse modo Ele fortaleça a nossa fé, construa a unidade da Igreja e faça crescer o Reino de Deus no nosso Mundo.


Homilia - Pe Hugo Martins
Santuário de Fátima, 29 de Junho de 2010
Solenidade dos Apóstolos São Pedro e São Paulo

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Papa em Fátima - Tudo a postos

A visita que Bento XVI irá fazer ao nosso país tem como principal motivo a deslocação a Fátima. Apesar da importância das celebrações em Lisboa e no Porto terão, ou do que se pode esperar dos encontros com a cultura, os religiosos ou os agentes da pastoral social, são o 13 de Maio, o centenário da beata Jacinta e a Capelinha das Aparições os motivos principais que trazem Bento XVI a Portugal, percorrendo o mesmo caminho já realizado por Paulo VI e João Paulo II, este último por três vezes. «O Santuário de Fátima vê com muitos bons olhos que o Papa, responsável máximo da Igreja, decida vir visitar este lugar. Nós sabemos que Fátima já teve a graça da visita de Paulo VI e de João Paulo II, este por três vezes, deixa-nos muitíssimos felizes que o Papa Bento XVI tenha este desejo de vir também a Fátima», declara o Pe. Virgílio Antunes, reitor do Santuário de Fátima, que em entrevista exclusiva à "Família Cristã" falou do significado especial desta vinda para o Santuário.
Para o reitor, o centenário da beata Jacinta coincidir com a visita de Bento XVI é uma feliz coincidência. «Não sei se o Papa terá vindo propositadamente, ou se não foi apenas uma feliz coincidência que decidisse vir nesta ocasião. Também celebramos os dez anos de beatificação dos pastorinhos, mas é curioso que o Papa venha no aniversário da Jacinta, aquela que, de entre os três, mais admiração tinha pelo "homem vestido de branco" que, em algumas visões, lhe aparecia sentado numa igreja com as mãos nos olhos, a chorar. Foi por esta figura, que Jacinta nem conhecia mas amava por saber que era o responsável pela Igreja, que ela ofereceu muitos dos seus sacrifícios», refere.


O Pe Virgílio acrescenta que este exemplo de entrega e dedicação devia ser seguido por todos. «Não interessa a pessoa que temos à frente da nossa Igreja, interessa que a apoiemos sempre, que soframos e nos alegramos por ela», defende. Apesar da feliz coincidência, Bento XVI não tem nenhum encontro previsto com crianças ou jovens, mas o reitor do santuário acredita que, ainda assim, elas «estarão presentes em muitos dos momentos de Bento XVI no nosso país».

Fátima está, então, preparada para receber todos os peregrinos que se resolvam deslocar nos dias 12 e 13 de Maio ao santuário para rezarem com o Papa, até porque lida com a realidade de os receber todos os anos. «É evidente que o Santuário de Fátima tem um conjunto de condições criadas diferentes dos outros locais, e estamos habituados a receber multidões mesmo a nível do pessoal do santuário. Mas a vinda do Papa traz algumas mudanças, sobretudo no que tem que ver com as questões de segurança, e que trazem alterações muitíssimo grandes, e que não dependem do santuário, mas sim da Santa Sé, do Ministério dos Negócios Estrangeiros, do Governo, etc. Está a haver uma colaboração muitíssima boa de todas as partes, mas teremos com certeza muitas mudanças que serão precisas fazer, nomeadamente no que diz respeito ao acesso das pessoas a certas zonas que serão apenas para os convidados dos encontros que irão acontecer», explica o Pe. Virgílio.

Além das questões de segurança, pouco mais haverá a alterar no esquema habitual de todos os anos, já que o santuário não tem noção de quantos peregrinos poderão vir e de que forma. «O recinto alberga cerca de 400 mil pessoas, mas muitas mais poderão ficar nas ruas adjacentes, por isso não sabemos quantos peregrinos poderemos receber», salienta, afirmando que a cada 13 de Maio o santuário recebe cerca de «25 mil peregrinos a pé», que são recebidos e tratados por pessoal voluntário em Fátima, e que apenas a esses é garantida a dormida. «O santuário não tem capacidade de alojar mais ninguém além dos peregrinos a pé, das pessoas do séquito papal, dos vaticanistas [jornalistas que acompanham o Papa nas suas viagens] e do pessoal do santuário. Temos um dispositivo para receber os peregrinos a pé, para lhes dar uma refeição e um local para dormir, em camaratas ou em colchões em centros ou pavilhões das congregações que são requisitadas para o efeito, além das tendas militares que são alugadas e que permitirão albergar centenas ou milhares de pessoas também», diz.

Serão cerca de mil pessoas, entre funcionário do santuário e voluntários da Cruz Vermelha, dos escuteiros, Ordem de Malta e enfermeiros e médicos católicos, entre outros, que irão prestar todo o apoio aos peregrinos que vierem em peregrinação. A esses, o reitor do santuário pede cuidado extra nas estradas e paciência na chegada. «Felizmente as pessoas hoje estão muito mais informadas sobre tudo, e já fazem caminhadas com coletes, que são muito importantes e têm filas únicas. Ao chegarem cá, apenas têm de manter a ordem e ser pacientes, pois todas serão atendidas e tratadas», garante quem já está habituado ao rebuliço das peregrinações ao santuário mariano mais visitado em Portugal.


in Revista Família Cristã

Abril 2010

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Vigília Pascal

Cristo Ressuscitou! Aleluia! Aleluia.
É este o cântico de alegria da Vigília Pascal e do Domingo de Páscoa, como também de todo o Tempo Pascal até ao Pentecostes.
Nele ressoa a mensagem surpreendente dos dois anjos vestidos em trages resplandecentes que dizem às mulheres: “Porque buscais entre os Aquele que está vivo? Não está aqui. Ressuscitou”.
A Vigília Pascal é a celebração mais importante de todo o nosso ano. Para ela nos preparámos ao logo dos 40 dias da Quaresma, por uma renovação mais intensa da nossa vida de baptizados; ela é, na verdade, uma autêntica explosão de luz, que vai iluminar a nossa vida não só durante o tempo pascal que agora se inicia e se prolonga até ao Pentecostes, mas também nas restantes partes do ano em que, sobretudo a partir do domingo e da Eucaristia Dominical, pretende¬mos que toda a nossa vida seja iluminada e ganhe novo sentido pela luz da Ressurreição de Cristo.

Toda a Liturgia hoje nos convoca para mergulharmos nas raízes mais fundas da nossa história de Fé e da nossa identidade cristã. Assim, pela Palavra de Deus, hoje mais abundantemente proclama¬da e meditada, contemplamos a história do amor de Deus em diálogo com os homens desde a criação, passando pela aliança com Abraão, Moisés e os Profetas, até à Ressurreição de Cristo, que inaugura uma humanidade nova, na qual nós já entrámos pelo Baptismo.
O acontecimento do Êxodo é um das mais importantes marcos desta história de salvação, como o Baptismo constitui também o mais importante marco da história pessoal da nossa Fé. Nele, como lembra hoje S. Paulo aos Romanos, nós morremos para tudo o que é velho, isto é, para tudo o que nos afasta de Deus, da comunhão com Ele e com os irmãos e ressuscitámos com Cristo para a vida nova de filhos de Deus. E é esse hoje o nosso estatuto. Estatuto que temos de todos os dias aplicar mais e melhor às nossas decisões e comportamentos. Quando, dentro de momentos, renovarmos as promessas do nosso Baptismo, queremos refazer o propósito de acelerar e aprofundar a nossa identificação com Cristo, exigência do Baptismo que, um dia, recebemos. A Eucaristia com que terminaremos esta Vigília Pascal vai ser o momento culminante do nosso encontro com Cristo Ressuscitado e da alegria que Ele em nós realiza.

Celebramos a Páscoa quando falta pouco mais de um mês para recebermos, em Portugal, a visita do Santo Padre Bento XVI. Ele vem, como já está divulgado, para nos ajudar a caminhar na esperança, reforçando a nossa identidade cristã e também o mandato para a missão recebido do próprio Cristo. É isso que nos diz o lema escolhido para divulgar esta visita papal – “Contigo caminhamos na esperança: sabedoria e missão”.
Desejamos desde já iniciar a nossa preparação para este encontro de graça com Aquele que é o Pastor da Igreja Universal, a cabeça do Colégio Episcopal e o Vigário de Cristo na terra.
Ele vem convocar-nos para reavivarmos a nossa Fé, sobretudo através do encontro mais forte e mais consciente com a Palavra de Deus. Vem para ajudar a dinamizar a nossa esperança e a revigorar a nossa caridade.
A nossa esperança cristã ficará mais fortalecida e dinamizada, na medida em que formos capazes de relançar a vida de Fé das nossas comunidades cristãs e também contribuirmos para abrir caminhos novos na superação das muitas dificuldades e crises que a nossa sociedade atravessa. Sentimos também que a nossa caridade, incluindo o que chamamos caridade organizada e que é responsabilidade inadiável de cada comunidade cristã, precisa de ser relançada. Precisamos de responder, com mais eficácia ainda, aos inúmeros dramas da nossa sociedade, particularmente às novas formas de pobreza, que não cessam de se multiplicar. Para isso temos de cuidar as iniciativas de solidariedade e acção social que já existem e criar outras, quando necessário.
Estas são algumas das razões que nos levam a esperar da visita do Santo Padre novos incentivos para levarmos a cada uma das nossas comunidades de Fé a chama e o dinamismo da vida nova em Cristo Ressuscitado. Pela parte que nos toca, desejamos que ela nos ajude a elaborar um programa de acção pastoral aplicável a todas e cada uma das nossas comunidades de Fé; um programa por onde venha a passar o fortalecimento da vida nova em Cristo Ressuscitado, mas também a resposta de Fé às alterações culturais e civilizacionais em que hoje vivemos. Encontro com Cristo Ressuscitado através da sua Palavra e caminhos de resposta, com a luz da Fé, aos grandes problemas que hoje se colocam às pessoas que vivem em sociedade têm de ser as duas grandes linhas de força deste programa.
Cuidar os diferentes ministérios da vida das nossas comunidades cristãs terá de ser outra grande preocupação. E aqui sentimos haver caminho para optimizar ainda mais a colaboração entre os nossos sacerdotes, os nossos diáconos e outros ministérios que, graças a Deus, em elevado número já temos espalhados pelas diferentes comunidades da nossa Diocese. Mas sentimos que temos de criar outros ministérios laicais para responder a novas necessidades, principalmente as sentidas por comunidades que desejam empenhar-se, de verdade, em viver da Palavra de Deus para crescimento na Fé e serviço à sociedade.
Para sermos cada vez mais fiéis aos dinamismos da Vida Nova saídos da Pessoa de Cristo Ressuscitado, precisamos também de cuidar as estruturas de participação na vida das nossas comunidades. Precisamos de utilizar melhor aquelas que já temos ou nos são recomendadas e porventura criar outras. O que está em causa é criar todas as condições para que a vida nova de Cristo Ressuscitado se torne vida de cada um dos baptizados; possa marcar o ritmo da vida de cada uma das nossas comunidades cristãs, como de toda a nossa Diocese. E tudo isto para que o mundo creia.

Desejo que esta Noite Pascal seja para todos nós, nossas famílias e amigos, como também para todas as nossas comunidades cristãs vivida na alegria da Vida Nova de Cristo Ressuscitado. E que esta alegria seja cada vez mais visível na nossa vida pessoal e comunitária e assim o mundo possa ter um sinal credível do amor de Deus singularmente revelado na Ressurreição de Cristo, que hoje alegre¬mente cantamos.
Aleluia! Cristo Ressuscitou.
Boas Festas.
+Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda

sábado, 3 de abril de 2010

PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR




LEITURA I Actos 10, 34a.37-43
«Comemos e bebemos com Ele, depois de ter ressuscitado dos mortos»

Leitura dos Actos dos Apóstolos
Naqueles dias,
Pedro tomou a palavra e disse:
«Vós sabeis o que aconteceu em toda a Judeia,
a começar pela Galileia,
depois do baptismo que João pregou:
Deus ungiu com a força do Espírito Santo a Jesus de Nazaré,
que passou fazendo o bem
e curando a todos os que eram oprimidos pelo Demónio,
porque Deus estava com Ele.
Nós somos testemunhas de tudo o que Ele fez
no país dos judeus e em Jerusalém;
e eles mataram-n’O, suspendendo-O na cruz.
Deus ressuscitou-O ao terceiro dia
e permitiu-Lhe manifestar-Se, não a todo o povo,
mas às testemunhas de antemão designadas por Deus,
a nós que comemos e bebemos com Ele,
depois de ter ressuscitado dos mortos.
É d’Ele que todos os profetas dão o seguinte testemunho:
quem acredita n’Ele
recebe pelo seu nome a remissão dos pecados».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 117, 1-2.16ab-17.22-23
Refrão: Este é o dia que o Senhor fez:
exultemos e cantemos de alegria.
Ou: Aleluia.

Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom,
porque é eterna a sua misericórdia.
Diga a casa de Israel:
é eterna a sua misericórdia.

A mão do Senhor fez prodígios,
a mão do Senhor foi magnífica.
Não morrerei, mas hei-de viver
para anunciar as obras do Senhor.

A pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se pedra angular.
Tudo isto veio do Senhor:
é admirável aos nossos olhos.


LEITURA II Col 3, 1-4
«Aspirai às coisas do alto, onde está Cristo»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos:
Se ressuscitastes com Cristo,
aspirai às coisas do alto,
onde está Cristo, sentado à direita de Deus.
Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra.
Porque vós morrestes
e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.
Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar,
também vós vos haveis de manifestar com Ele na glória.
Palavra do Senhor.


Ou 1 Cor 5, 6b-8
«Purificai-vos do velho fermento, para serdes uma nova massa»

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Não sabeis que um pouco de fermento leveda toda a massa?
Purificai-vos do velho fermento,
para serdes uma nova massa,
visto que sois pães ázimos.
Cristo, o nosso cordeiro pascal, foi imolado.
Celebremos a festa,
não com fermento velho nem com fermento de malícia,
mas com os pães ázimos da pureza e da verdade.
Palavra do Senhor.


SEQUÊNCIA
À Vítima pascal
ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor.
O Cordeiro resgatou as ovelhas:
Cristo, o Inocente,
reconciliou com o Pai os pecadores.
A morte e a vida
travaram um admirável combate:
Depois de morto,
vive e reina o Autor da vida.
Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?
Vi o sepulcro de Cristo vivo
e a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi o sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.
Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.


ALELUIA 1 Cor 5, 7b-8a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado:
celebremos a festa do Senhor. Refrão


EVANGELHO Jo 20, 1-9

«Ele tinha de ressuscitar dos mortos»

@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro
e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predilecto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,
segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.
Palavra da salvação.

domingo, 14 de março de 2010

Procissão do Senhor dos Passos Domingo de Ramos dia 28 de Março de 2010 pelas 16:oo horas Saindo da Igreja da Imaculada Conceição Largo do Arraial
Vila do Carvalho

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

I Domingo da Quaresma

A oração num mundo secularizado e materialista.


1. Neste primeiro domingo da Quaresma, escutámos o Senhor, que nos fala ao coração sobre o caminho que devemos seguir em direcção a Ele eao Seu Reino. Neste percurso abundam as tentações que nos apontam outros caminhos. Não é para admirar, porque Ele mesmo também foi tentado, como nos lembra o Evangelho de hoje.
O tempo da Quaresma é um tempo especial, que nos convida a parar diante do mundo e da sociedade, mas também e sobretudo cada um diante de si mesmo e da sua consciência, para avaliar a justeza do caminho que está a ser percorrido. O critério dessa avaliação está na oração, onde experimentamos a presença de Deus e descobrimos a verdadeira fonte de esperança e de sentido para a nossa vida.
Vivemos hoje, de facto, num mundo onde a presença de Deus e os seus sinais não são espontaneamente reconhecidos. Pelo contrário, a cultura dominante orgulha-se da sua laicidade, na medida em que a vida das pessoas e sobretudo a vida pública são decididas e organizadas à margem de Deus e da relação com Ele. Mais ainda, a presença de Deus e dos seus sinais no palco da vida social é vulgarmente considerada uma intrusão indevida.
Todavia, se estivermos atentos à história e à vida da sociedade actual, reconheceremos os efeitos negativos desta expulsão de Deus do quadro das relações sociais. De facto, isso não está a resultar em crescimento da estabilidade e do efectivo reconhecimento dos direitos de todos. Pelo contrário, está a abrir caminho à progressiva imposiçlão da lei do mais forte. Se não, vejamos como crescem as desigualdades sociais e como está a ser difícil a luta contra a pobreza e a exclusão social. Além disso, quando se tenta fechar apessoa no horizionte apertado do desenvolvimento simplesmente material, ela fica, de facto, empobrecida e morre o seu mais autêntico dinamismo de realização pessoal que consiste em fazer relações humanase sociais baseadas nos valores espirituais e sobrenaturais.
Argumentava-se, antes com o preconceito de que a religião seria inimigada ciência e do desenvolvimento, preconceito esse que chegou a ser introduzido em alguns programas escolares da nossa escola pública, felizmente corrigidos; argumenta-se hoje com dificuldades criadas pelo pluralismo religioso na organização social e com o caso mais extremodo fundamentalismo religioso, gerador de guerras e conflitos sociais.
E com base nestes argumentos alguns querem concluir que Deus não existe ou pelo menos lhe deve ser negado lugar no palco da vida social para não criar problemas, relegando-o, quando muito, para o reduto intimista das consciências. Se aceitássemos esta opção que, mesmo entre nós, alguns continuam a querer impôr pelo menos na organização da vida pública, estaríamos a roubar às pessoas e à rede das suas relações o factor mais determinante da verdadeira vida com qualidade.
Por isso, nós cristãos e comunidades cristãs, ao fazermos a experiência de Deus na relação viva e vital com Cristo Ressuscitado, para além de cumprirmos a nossa vocação no que ela tem de mais verdadeiro, temos consciência de estar a prestar o melhor dos serviços à própria sociedade.

2. Hoje, a Palavra de Deus começa por nos falar na consciência viva que o verdadeiro israelita tem de ser acompanhado por Deus em toda a sua história pessoal e comunitária. Por isso, aquele sacrifício deacção de graças em que são oferecidos a Deus os primeiros frutos da terra, através das mãos do sacerdote, é a expressão tipo deste reconhecimento. Para todos nós, discípulos de Cristo, a Fé, que nasce da Palavra e germina no coração, determina e organiza toda a nossa vida pessoal com repercussões, na vida da sociedade. De facto, é o coração esse lugar onde se tomam as decisões, que depois se transformam em atitudes e actos, os quais necessariamente hão-de marcar a vida social com os valores humanizantes que o Evangelho inspira.
Também é verdade que em todo este processo que vai do encontro com Deus, na Pessoa de Cristo até às atitudes e actos da nossa vida pessoal com repercussões na sociedade, aparecem tentações. Não temos que nos admirar, pois também Jesus foi tentado, como nos lembra o Evangelho de hoje. De facto, Jesus, no seu caminho messiânico,
encontrou a tentação da riqueza – transforma estas pedras em pão;
encontrou a tentação do poder – tudo isto te darei se me adorares;
encontrou a tentação da facilidade – lança-te daqui para baixo que Deus virá em tua ajuda.
Estas e outras tentações continuam hoje a colocar-se às pessoas do nosso tempo, a começar por aquelas que exercem maiores responsabilidades na condução da vida social. E quando não há coragem para vencer estas e outras tentações, entramos, de facto, por caminhos de degradação pessoal, com efeitos perversos na própria organização da sociedade. Aparece assim a praga que vulgarmente se chama corrupção, ou seja o aproveitamente em benefício exclusivamente pessoal de bens que são da comunidade. Infelizmente, temos de reconhecer que se, em geral, houvesse mais coragem para vencer as tentações, sobretudo as que se colocam a quem conduz a vida social, todos sairíamos beneficiados.
Como demonstram os factos que estão à vista, pelo menos no que diz respeito ao uso dos bens materiais, estamos longe de conseguir aquela equitativa distribuição, que a justiça não só recomenda, mas nos impõe. Assim, o exercício formal da nossa justiça não está a impedi rque, por exemplo, haja pessoas colocadas em empresas públicas do nosso país a ganhar num só ano quantias que muitos portugueses, talvez a maior parte, não conseguem ganhar em toda a sua vida de trabalho. Num ano europeu de luta contra a pobreza e a exclusão social casos deste género bradam aos céus e reclamam outra justiça diferente daquela que as nossas instituições estão a aplicar. Também é difícil de entender que, estando o sistema de segurança social no nosso país em risco de ruptura, estejam a tardar os sinais claros de contenção nas reformas exageradamente elevadas que estão a ser pagas a alguns portugueses.
Como também não percebemos a falta de coragem para impôr tectos salariais a quem mais ganha neste país e que não se lhes peçam os sacrifícios que lhes deviam ser pedidos para caminharmos em direcção ao equilíbrio das nossas contas públicas externas, um dos problemas que mais estão a afectar a imagem do nosso país para o exterior e com evidentes repercussões negativas na vida dos cidadãos portugueses. É injusto querer pedir os mesmos sacrifícios tanto aos que mais ganham como aos que menos ganham, num país como o nosso que, entre os 27 da comunidade europeia, é aquele onde existe maior distância entre os muito ricos e os muito pobres e, pior ainda, com tendência para se agravar.



3. Perante este quadro de vida social, a precisar de corajosas correcções como acabamos de verificar, nós como cristãos e comunidades cristãs sentimos que a relação com Deus na oração é a grande alavanca capaz de nos mobilizar para despertarmos em nós e nos outros aquela vida de qualidade que as pessoas no fundo de si mesmas desejam. A oração é um acto vital para nós, que desejamos viver a Fé em Cristo como a fonte organizadora de toda a nossa vida pessoal e comunitária; mas ela também continua a ser o nosso grande contributo para uma vida social cada vez mais humanizada. Isto é verdade, mesmo quando alguns nos querem fazer crer que numa sociedade laica não há lugar para Deuse consequentemnte para a relação com Ele na oração.
Nós desejamos fazer pessoal e comunitariamente a experiência viva do encontro com Deus, que vem, de facto, ao nosso encontro e nos trata como amigos. Por sua vez, ma medida em que formos capazes de fazer esta experiência viva de Deus em nós, seremos mais capazes de descobrir os seus sinais que estão presentes no mundo. E nesses sinais Ele aponta a todos caminhos de justiça e de bem.
A relação com Cristo Ressuscitado e vivo e por Ele com ao mistério da Santíssima Trindade determina as nossas vidas de cristãos e comunidades cristãs e envia-nos, para, com a força do Espírito Santo, sermos no meio do mundo, fermento da renovação evangélica.
A experiência da oração no Povo Bíblico com particular relevância para figuras tipo, como são as de Abraão, de Moisés ou de David, é uma importante escola de vida. Mas o grande Mestre da oração é para nós o próprio Jesus Cristo. Vemos nele o exemplo, pela forma como na sua vida pública vivia a continuada intimidade com o Pai. E não lhe faltaram momentos especiais, como aqueles em que, por exemplo, se recolhia em lugares de silêncio para fazer oração. Vemos nele o mestre que ensina os seus discípulos a rezar, particularmente quando os manda recitar a oração do Pai Nosso. Sentimo-lo, por fim, como parte integrante da nossa oração, quando esta lhe é dirigida. De facto, o encontro vivo e vital com Cristo Ressuscitado é o cerne da oração cristã.
Estamos num ano sacerdotal, que pretende principalmente lembrar a todos nós sacerdotes e ao Povo de Deus em geral que o Padre, para ser realmente padre tem de ser homem de Deus e portanto homem de oração.Só assim conseguiremos aquela identificação com Cristo cabeça e pastor do seu Povo de que somos sinal por missão recebida no sacramento da Ordem. Estamos convencidos de que a oração nos fortalece na esperança para levarmos esperança à Igreja e ao mundo. Na oração sentimos fortalecida a nossa Fé e também nos motivamos para que a caridade pastoral seja sempre o critério organizador da nossa vida pessoal e em Presbitério.
O bem da Igreja e mesmo da nossa sociedade pede-nos que sejamos padres segundo o coração de Cristo. E nós ousamos pedir a todo o Povo de Deus que, sobretudo, pela oração intensa a favor dos seus pastores, nos ajude a cumprir esta importante missão que o Senhor nos confia e é absolutamente necessária para a vida da Igreja e para a autêntica humanização do mundo.
Irmãos e irmãs, que esta quaresma seja para todos nós oportunidade bem aproveitada para redescobrir o verdadeiro sentido da oração nas nossas vidas pessoais, na vida das nossas famílias e na vida das nossas comunidades da Fé e, assim, também a sociedade em geral possa sair beneficiada.



Guarda, 21 de Fevereiro de 2010,
Manuel R. Felício, Bispo da Guarda

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Mensagem de D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, para a Quaresma 2010

QUARESMA 2010

Para viver a justiça na caridade

Vamos viver a Quaresma do ano 2010 integrada no Ano Sacerdotal.
A mensagem do Santo Padre Bento XVI para esta Quaresma convida-nos a abrir o nosso coração à Justiça de Deus revelada e oferecida na Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Na prática corrente das leis e dos tribunais, a justiça concentra-se no esforço por dar a cada um o que lhe pertence, mas quase sempre se fica no domínio do que é material. Não podemos, porém esquecer que a realização dos seres humanos não depende apenas dos bens materiais. Pelo contrário, cada homem e cada mulher, como diz o Santo Padre na sua mensagem, “para gozar de uma existência em plenitude precisa de algo mais íntimo que lhe pode ser concedido só gratuitamente”. E esse algo mais é o amor que só Deus lhe pode comunicar e do qual, portanto, cada ser humano sempre depende. De facto, todos fazemos a experiência diária de nos sentirmos dependentes dos outros e, se prestarmos a devida atenção, sentiremos que essa dependência não é só dos outros, mas principalmente de Deus. Simultaneamente, fazemos uma outra experiência de sinal contrário que é o desejo desmedido de independência, de ter uma afirmação pessoal que nos ponha acima dos outros e, muitas vezes, contra eles, numa atitude de egoísmo, consequência do que costumamos chamar pecado original.

Este conflito existe, de facto, em cada um de nós e só será superado na medida da nossa coragem para escolher entre duas lógicas, que se confrontam. Uma delas é a da suspeita e da competição, a lógica do ter cada vez mais e do fazer sozinho ou exclusivamente para si próprio. A outra é a lógica do dom, da espera confiante no outro que há-de vir ao nosso encontro com o presente do amor.

Nós queremos escolher a lógica do dom e a partir dela organizar a nossa vida pessoal e comunitária. Nela se cumpre a justiça divina revelada e comunicada na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É só na base da lógica do dom que nós podemos compreender e valorizar, neste Ano sacerdotal, o Ministério dos nossos padres oferecido à Igreja e, por ela, ao próprio mundo.

Também desejamos que esta Quaresma sirva para todos nos convertermos mais à mesma lógica do dom, numa intensa procura do verdadeiro rosto de Cristo; uma procura que queremos fazer principalmente através dos caminhos da oração pessoal e comunitária, litúrgica e mesmo não litúrgica, de acordo com as propostas que nos faz o Catecismo da Igreja Católica. Convidamos, por isso, cada Pároco e seu corpo de agentes pastorais a aproveitarem o tempo forte desta Quaresma para, através das orientações dadas no Catecismo da Igreja Católica e concretizadas pelo texto elaborado para a formação de adultos na nossa Diocese, progredirem juntos na experiência do encontro vivo e vital com Cristo.

E falando ainda de Justiça, não podemos deixar de reconhecer as dificuldades que a justiça das leis e dos tribunais, entre nós, está a sentir para garantir a legalidade e defender os legítimos direitos de todos. Temos de reconhecer que a justiça dos tribunais só pode cumprir a sua importante função se, antes demais, houver a coragem de promover entre os cidadãos uma verdadeira cultura de justiça, que supõe conjugação de esforços para a autêntica educação cívica e de valores. De outro modo – e os factos estão a confirmá-lo – será difícil garantir eficácia à nossa justiça, sujeita como está a toda a espécie de pressões e cada vez mais embrulhada em jogos de interesses.
A verdadeira justiça, completada pela caridade, leva-nos, de acordo com o espírito da Quaresma, a percorrer os caminhos da solidariedade e de partilha fraterna, mesmo que isso signifique renúncia a bens materiais; supérfluos ou mesmo não supérfluos.

Este ano vamos orientar o resultado da nossa renúncia quaresmal para ajuda material solidária a um projecto chamado “Fazenda da Esperança” que está a ser desenvolvido na nossa Diocese, na Paróquia de Maçal do Chão, arciprestado de Celorico da Beira. É um serviço já muito experimentado no Brasil, onde mereceu uma Visita do actual Papa Bento XVI e que se destina ao acolhimento e recuperação de pessoas atingidas por várias espécies de falta de esperança, incluindo situações de marginalidade.

Está em causa ajudar os mais pobres dos pobres também neste ano europeu de luta contra a pobreza e exclusão social.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Falecimento

Faleceu o Pai do Padre Luciano. O Funeral será amanhã (9 de Fevereiro) pelas 15h30 nas Corgas (Sandomil)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Dar as mãos pelo Haiti


No próximo dia 7 de Fevereiro, pelas 15h00 irá decorrer em Sandomil/Seia, a actividade de "Dar as mãos pelo Haiti" e tem como objectivo sensibilizar as pessoas para um gesto de partilha.

Esta actividade terá o seguinte Programa:
15h00 - Concentração, registo e partilha
15h30 - Corrente humana


Será um grande momento de partilha e oração. Vem junta-te a nós e traz um amigo.

domingo, 10 de janeiro de 2010

"Dos Sermões de S. Leão Magno, Papa (Sec V)"Hoje, caríssimos irmãos, nasceu o nosso Salvador. Alegremo-nos. Não pode haver tristea no dia em que nasce a vida, uma vida que destrói o temor da morte e nos infunde e alegria da eternidade prometida.
Ninguém é excluído desta felicidade, porque é comum a todos os homens a causa desta alegria: nosso Senhor, vencedor do pecado e da morte, não tendo encontrado ninguém isento de culpa, veio para nos libertar a todos. Alegre-se o santo, porque se aproxima a vitória; alegre-se o pecador,porqe lhe é oferecido o perdão; anime-se o gentio, porque é chamado para a vida.
Ao chegar a plenitude dos tempos, segundo os insondáveis desígnios divinos, o Filho de Deus assumiu a natureza do género humano para se reconciliar com o seu Criador, de maneira que o demónio, autor da morte, fosse vencido pela mesma natureza que ele tinha vencido.
Por isso, quando nasce o Senhor, os Anjos cantam jubilosos: Glória a Deus nas alturas; e anunciam: Paz na terra aos homens por Ele amados. Eles vêem, com efeito, como se levanta a Jerusalém celeste, formada pelos povos de toda a terra. Perante esta obra inefável da misericórdia divina, como não há-de alegrar-se o mundo humilde dos homens, se ela provoca tão grande júbilo nos coros sublimes dos Anjos?
Caríssimos irmãos, dêmos graças a Deus Pai, por meio do seu Filho, no Espirito Santo, porque na sua infinita misericórdia nos amou e teve piedade de nós: estando nós mortos pelo pecado, fez-nos viver com Cristo, para que fôssemos n'Ele uma nova criatura, uma obra das suas mãos.
Deponhamos, portanto, o homem velho com suas más acções e, já que fomos admitidos a participar do nascimento de Cristo, renunciemos às obras da carne.
Reconhece, ó cristão, a tua dignidade. Uma vez constituído participante da natureza divina, não penses em voltar às antigas misérias com um comportamento indigno da tua geração. Lembra-te de que cabeça e de que corpo és membro. Não esqueças que foste libertado do poder das trevas e transferido para a luz do reino de Deus.
Pelo sacramento do Baptismo, foste transformado em templo do Espírito Santo. Não queiras expulsar com as tuas más acções tão digno hóspede, nem voltar a submeter-te à escravidão do demónio. O preço do teu resgaste é o Sangue de Cristo.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Anúncio das Festas do Ano

A glória do Senhor manifestou-se em Belém,
e continuará a manifestar-se entre nós,
até ao dia do seu retorno glorioso.
Por isso vos anunciamos com gozo, irmãs e irmãos, que, assim como nos alegrámos nestas festas do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo,
nos alegremos também na grande celebração pascal da Ressurreição do nosso Salvador.
Assim pois, recordemos que este ano
a exercitação da Quaresma,
que nos prepara para a Páscoa,
começará no dia 17 de Fevereiro, Quarta-feira de Cinzas,
e de 2 a 4 de Abril celebraremos com fé o Tríduo Pascal
da morte, sepultura e ressurreição do Senhor Jesus.
O dia 4 de Abril será a Páscoa,
a maior festa do ano.
E ao cabo de cinquenta dias,
como culminar da cinquentena pascal,
no Domingo 23 de Maio,
celebraremos a solenidade do Pentecostes,
o dom que Jesus ressuscitado faz à sua Igreja:
o seu Espírito Santo.
Em cada Domingo nos reuniremos para celebrar a
Eucaristia comemorando a ressurreição do Senhor,
e veneraremos também a memória da Virgem nas suas festas,
e de tantos irmãos santos e santas
que nos acompanharam no nosso caminho.
E já ao finalizar o ano, no dia 28 de Novembro,
iniciaremos um novo ano litúrgico
com a celebração do primeiro Domingo do Advento de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Ele toda a honra e toda a glória para sempre. Amén.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Epifania do Senhor ou dia dos REIS MAGOS



LEITURA I Is 60, 1-6
«Brilha sobre ti a glória do Senhor»

Leitura do Livro de Isaías
Levanta-te e resplandece, Jerusalém,
porque chegou a tua luz
e brilha sobre ti a glória do Senhor.
Vê como a noite cobre a terra
e a escuridão os povos.
Mas sobre ti levanta-Se o Senhor
e a sua glória te ilumina.
As nações caminharão à tua luz
e os reis ao esplendor da tua aurora.
Olha ao redor e vê:
todos se reúnem e vêm ao teu encontro;
os teus filhos vão chegar de longe
e as tuas filhas são trazidas nos braços.
Quando o vires ficarás radiante,
palpitará e dilatar-se-á o teu coração,
pois a ti afluirão os tesouros do mar,
a ti virão ter as riquezas das nações.
Invadir-te-á uma multidão de camelos,
de dromedários de Madiã e Efá.
Virão todos os de Sabá,
trazendo ouro e incenso
e proclamando as glórias do Senhor.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 71, 2.7-8.10-11.12-13
Refrão: Virão adorar-Vos, Senhor,
todos os povos da terra.

Ó Deus, concedei ao rei o poder de julgar
e a vossa justiça ao filho do rei.
Ele governará o vosso povo com justiça
e os vossos pobres com equidade.

Florescerá a justiça nos seus dias
e uma grande paz até ao fim dos tempos.
Ele dominará de um ao outro mar,
do grande rio até aos confins da terra.

Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes,
os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas.
Prostrar-se-ão diante dele todos os reis,
todos os povos o hão-de servir.

Socorrerá o pobre que pede auxílio
e o miserável que não tem amparo.
Terá compaixão dos fracos e dos pobres
e defenderá a vida dos oprimidos.


LEITURA II Ef 3, 2-3a.5-6
Os gentios recebem a mesma herança prometida

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos:
Certamente já ouvistes falar
da graça que Deus me confiou a vosso favor:
por uma revelação,
foi-me dado a conhecer o mistério de Cristo.
Nas gerações passadas,
ele não foi dado a conhecer aos filhos dos homens
como agora foi revelado pelo Espírito Santo
aos seus santos apóstolos e profetas:
os gentios recebem a mesma herança que os judeus,
pertencem ao mesmo corpo
e participam da mesma promessa,
em Cristo Jesus, por meio do Evangelho.
Palavra do Senhor.


ALELUIA Mt 2, 2
Refrão: Aleluia. Repete-se
Vimos a sua estrela no Oriente
e viemos adorar o Senhor. Refrão


EVANGELHO Mt 2, 1-12
«Viemos do Oriente adorar o Rei»

@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
Tinha Jesus nascido em Belém da Judeia,
nos dias do rei Herodes,
quando chegaram a Jerusalém uns Magos vindos do Oriente.
«Onde está __ perguntaram eles __
o rei dos judeus que acaba de nascer?
Nós vimos a sua estrela no Oriente
e viemos adorá-l’O».
Ao ouvir tal notícia, o rei Herodes ficou perturbado
e, com ele, toda a cidade de Jerusalém.
Reuniu todos os príncipes dos sacerdotes e escribas do povo
e perguntou-lhes onde devia nascer o Messias.
Eles responderam: «Em Belém da Judeia,
porque assim está escrito pelo profeta:
‘Tu, Belém, terra de Judá,
não és de modo nenhum a menor
entre as principais cidades de Judá,
pois de ti sairá um chefe,
que será o Pastor de Israel, meu povo’».
Então Herodes mandou chamar secretamente os Magos
e pediu-lhes informações precisas
sobre o tempo em que lhes tinha aparecido a estrela.
Depois enviou-os a Belém e disse-lhes:
«Ide informar-vos cuidadosamente acerca do Menino;
e, quando O encontrardes, avisai-me,
para que também eu vá adorá-l’O».
Ouvido o rei, puseram-se a caminho.
E eis que a estrela que tinham visto no Oriente
seguia à sua frente
e parou sobre o lugar onde estava o Menino.
Ao ver a estrela, sentiram grande alegria.
Entraram na casa,
viram o Menino com Maria, sua Mãe,
e, prostrando-se diante d’Ele, adoraram-n’O.
Depois, abrindo os seus tesouros, ofereceram-Lhe presentes:
ouro, incenso e mirra.
E, avisados em sonhos
para não voltarem à presença de Herodes,
regressaram à sua terra por outro caminho.
Palavra da salvação.

Solenidade Santa Maria, Mãe de Deus dia 1 de Janeiro DIA MUNDIAL DA PAZ

Neste dia, a liturgia coloca-nos diante de evocações diversas, ainda que todas importantes. Celebra-se, em primeiro lugar, a solenidade de Santa Maria, mãe de Deus: somos convidados a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projecto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador. Celebra-se, em segundo lugar, o Dia Mundial da Paz: em 1968, o Papa Paulo VI propôs aos homens de boa vontade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo. Celebra-se, finalmente, o primeiro dia do ano civil: é o início de uma caminhada percorrida de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.
As leituras que hoje nos são propostas exploram, portanto, estas diversas coordenadas. Elas evocam esta multiplicidade de temas e de celebrações.



LEITURA I Num 6, 22-27
«Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel
e Eu os abençoarei»

Leitura do Livro dos Números
O Senhor disse a Moisés:
«Fala a Aarão e aos seus filhos e diz-lhes:
Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo:
‘O Senhor te abençoe e te proteja.
O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face
e te seja favorável.
O Senhor volte para ti os seus olhos
e te conceda a paz’.
Assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel
e Eu os abençoarei».
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 66, 2-3.5-6.8
Refrão: Deus Se compadeça de nós
e nos dê a sua bênção.

Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção,
resplandeça sobre nós a luz do seu rosto.
Na terra se conhecerão os seus caminhos
e entre os povos a sua salvação.

Alegrem-se e exultem as nações,
porque julgais os povos com justiça
e governais as nações sobre a terra.

Os povos Vos louvem, ó Deus,
todos os povos Vos louvem.
Deus nos dê a sua bênção
e chegue o seu temor aos confins da terra.


LEITURA II Gal 4, 4-7
«Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Gálatas
Irmãos:
Quando chegou a plenitude dos tempos,
Deus enviou o seu Filho,
nascido de uma mulher e sujeito à Lei,
para resgatar os que estavam sujeitos à Lei
e nos tornar seus filhos adoptivos.
E porque sois filhos,
Deus enviou aos nossos corações
o Espírito de seu Filho, que clama:
«Abbá! Pai!».
Assim, já não és escravo, mas filho.
E, se és filho, também és herdeiro, por graça de Deus.
Palavra do Senhor.


ALELUIA Hebr 1, 1-2
Refrão: Aleluia. Repete-se
Muitas vezes e de muitos modos
falou Deus antigamente aos nossos pais pelos Profetas.
Nestes dias, que são os últimos,
Deus falou-nos por seu Filho. Refrão


EVANGELHO Lc 2, 16-21
«Encontraram Maria, José e o Menino.
E depois de oito dias, deram-Lhe o nome de Jesus»

@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo,
os pastores dirigiram-se apressadamente para Belém
e encontraram Maria, José
e o Menino deitado na manjedoura.
Quando O viram, começaram a contar
o que lhes tinham anunciado sobre aquele Menino.
E todos os que ouviam
admiravam-se do que os pastores diziam.
Maria conservava todas estas palavras,
meditando-as em seu coração.
Os pastores regressaram, glorificando e louvando a Deus
por tudo o que tinham ouvido e visto,
como lhes tinha sido anunciado.
Quando se completaram os oito dias
para o Menino ser circuncidado,
deram-Lhe o nome de Jesus,
indicado pelo Anjo,
antes de ter sido concebido no seio materno.
Palavra da salvação.