sábado, 26 de dezembro de 2009

Falecimentos

Faleceu o Padre Manuel Soares de Oliveira, o funeral será amanhã (27 de Dezembro) pelas 15:30min em Meimoa.
Faleceu o Padre Custódio Tavares, o funeral será segunda-feira (28 de Dezembro) pelas 15 horas em Sazes da Beira.

Sagrada Familia




LEITURA I Sir 3, 3-7.14-17a
«Aquele que teme a Deus honra os seus pais»

Leitura do Livro de Ben-Sirá
Deus quis honrar os pais nos filhos
e firmou sobre eles a autoridade da mãe.
Quem honra seu pai obtém o perdão dos pecados
e acumula um tesouro quem honra sua mãe.
Quem honra o pai encontrará alegria nos seus filhos
e será atendido na sua oração.
Quem honra seu pai terá longa vida,
e quem lhe obedece será o conforto de sua mãe.
Filho, ampara a velhice do teu pai
e não o desgostes durante a sua vida.
Se a sua mente enfraquece, sê indulgente para com ele
e não o desprezes, tu que estás no vigor da vida,
porque a tua caridade para com teu pai nunca será esquecida
e converter-se-á em desconto dos teus pecados.
Palavra do Senhor.


SALMO RESPONSORIAL Salmo 127, 1-2.3.4-5
Refrão: Felizes os que esperam no Senhor,
e seguem os seus caminhos.
Ou: Ditosos os que temem o Senhor,
ditosos os que seguem os seus caminhos.

Feliz de ti, que temes o Senhor
e andas nos seus caminhos.
Comerás do trabalho das tuas mãos,
serás feliz e tudo te correrá bem.

Tua esposa será como videira fecunda
no íntimo do teu lar;
teus filhos serão como ramos de oliveira
ao redor da tua mesa.

Assim será abençoado o homem que teme o Senhor.
De Sião te abençoe o Senhor:
vejas a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da tua vida.


LEITURA II Col 3, 12-21
A vida doméstica no Senhor.

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Colossenses
Irmãos:
Como eleitos de Deus, santos e predilectos,
revesti-vos de sentimentos de misericórdia,
de bondade, humildade, mansidão e paciência.
Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente,
se algum tiver razão de queixa contra outro.
Tal como o Senhor vos perdoou,
assim deveis fazer vós também.
Acima de tudo, revesti-vos da caridade,
que é o vínculo da perfeição.
Reine em vossos corações a paz de Cristo,
à qual fostes chamados para formar um só corpo.
E vivei em acção de graças.
Habite em vós com abundância a palavra de Cristo,
para vos instruirdes e aconselhardes uns aos outros
com toda a sabedoria;
e com salmos, hinos e cânticos inspirados,
cantai de todo o coração a Deus a vossa gratidão.
E tudo o que fizerdes, por palavras ou por obras,
seja tudo em nome do Senhor Jesus,
dando graças, por Ele, a Deus Pai.
Esposas, sede submissas aos vossos maridos,
como convém no Senhor.
Maridos, amai as vossas esposas
e não as trateis com aspereza.
Filhos, obedecei em tudo a vossos pais,
porque isto agrada ao Senhor.
Pais, não exaspereis os vossos filhos,
para que não caiam em desânimo.
Palavra do Senhor.


ALELUIA Col 3, 15a.16a
Refrão: Aleluia. Repete-se
Reine em vossos corações a paz de Cristo,
habite em vós a sua palavra. Refrão


EVANGELHO Lc 2, 41-52
Jesus é encontrado por seus pais no meio dos doutores

@ Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém,
pela festa da Páscoa.
Quando Ele fez doze anos,
subiram até lá, como era costume nessa festa.
Quando eles regressavam, passados os dias festivos,
o Menino Jesus ficou em Jerusalém,
sem que seus pais o soubessem.
Julgando que Ele vinha na caravana,
fizeram um dia de viagem
e começaram a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos.
Não O encontrando,
voltaram a Jerusalém, à sua procura.
Passados três dias,
encontraram-n’O no templo,
sentado no meio dos doutores,
a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas.
Todos aqueles que O ouviam
estavam surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas.
Quando viram Jesus, seus pais ficaram admirados;
e sua Mãe disse-Lhe:
«Filho, porque procedeste assim connosco?
Teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura».
Jesus respondeu-lhes:
«Porque Me procuráveis?
Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?»
Mas eles não entenderam as palavras que Jesus lhes disse.
Jesus desceu então com eles para Nazaré
e era-lhes submisso.
Sua Mãe guardava todas estes acontecimentos em seu coração.
E Jesus ia crescendo em sabedoria, em estatura e em graça,
diante de Deus e dos homens.
Palavra da salvação.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal


Que nesta Quadra Natalícia, saiba-mos acolher e lembrar-nos sempre do Nosso Menino Jesus, aquele que está sempre connosco, aquele que nos guia, ilumina e nos conforta.

Este blog deseja a todos, um Santo Natal cheio de Alegria, Paz e Amor.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

IV Domingo do Advento

No passado Domingo, dia 20 de Dezembro de 2009, a Igreja Paroquial de S. José celebrou-se o IV Domingo do Advento tendo sido presidida pelo Sr. Bispo da Guarda, D. Manuel Felício e concelebrada pelo pároco Pe Henrique. Há chegada do Sr. Bispo a comunidade interagiu de imediato.
Na homilia, o Sr Bispo tendo anteriormente reparado numa faixa que se encontra no altar-mor onde diz: "Cristo - Fidelidade - Sacerdotes" insistiu prontamente aproveitando o conteúdo da mesma.
No final da Eucaristia, a comunidade agradeceu a presença do Sr. Bispo com um cabaz de Natal, onde ele ofereceu aos mais carenciados da nossa paróquia, tendo ficado apenas com o símbolo do Natal, a flor.
De seguida, D. Manuel deixou a Paróquia de S. José e deslocou-se para a Paróquia da Vila do Carvalho onde também presidiu à celebração.
Terminada a mesma, voltou para a Paróquia de S. José onde almoçou e conviveu com a comunidade.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mensagem de Natal do Bispo da Guarda

Sim, José e Maria vieram de Nazaré e entraram na cidade de Belém para que aí pudesse nascer Jesus Cristo, o Verbo de Deus encarnado. Porém, não houve para eles lugar nas casas da cidade e por isso foram abrigar-se nas redondezas, no campo dos pastores e numa gruta de animais. Foi assim, numa manjedoura, que Jesus nasceu; portanto, fora da cidade e do aconchego dos lares. Também nós estamos, hoje, numa sociedade onde parece não haver lugar para Deus. Tem muito que fazer, o desemprego para combater, o rendimento social de inserção para garantir, a educação e a saúde para organizar, a Justiça para fazer funcionar e mil outras coisas.
Uma sociedade assim diz-nos que temos de trabalhar para ganhar a batalha do desenvolvimento, mas sem nos explicar de que desenvolvimento se trata. Esquece-se de que o verdadeiro desenvolvimento, único capaz de satisfazer as pessoas, é o desenvolvimento integral, de que faz parte a dimensão daquilo que não se pode medir, não se pode comprar nem vender, sendo a pura gratuidade do dom, do qual o Presépio de Belém é a expressão mais acabada no coração da história humana. Esquece-se de que o coração humano grita sempre pela dimensão do eterno, pela relação que permanece, na voracidade do tempo que passa. Os grandes mentores do estilo de vida que nos é proposto e muitas vezes imposto não têm resposta para as grandes interrogações que preocupam o ser humano, como são as relacionadas com o sofrimento e com a morte. E porque não sabem responder, esquecem-nas, escondem-nas, vivem e querem fazer-nos viver como se elas não existissem. Confrontados, como todos nós, com a grave crise que continuamos a atravessar, não querem perceber que ela é mais do que económica e financeira; é crise de civilização e essencialmente uma crise dos valores necessários para dar verdadeiro sentido à nossa vida pessoal e comunitária. E como se isto não bastasse, apelidam de retrógrados, saudosistas do passado e de costas voltadas para o futuro quantos continuam a defender a dignidade e os direitos da instituição familiar e a verdadeira natureza do casamento; quantos defendem que não pode haver educação sem projecto educativo e que não é ao Estado, mas às famílias, que compete definir esse projecto educativo; quantos insistem em lembrar que a vida humana é o valor dos valores, desde o primeiro momento da sua concepção até à morte natural e outros.
E porque a presença de Deus na cidade incomoda os que querem organizar a vida social à sua medida e à margem destes e de outros valores fundamentais, assistimos diariamente à estratégia concertada de O empurrar para as periferias da cultura, remetendo-O, quando muito, para as consciências individuais ou, pior ainda, querendo culpabilizá-lo por todos os males e atropelos que as pessoas e a sociedade diariamente produzem. Por sua vez, todos os símbolos que possam lembrar a presença de Deus na cidade, mesmo aqueles que, de facto, fazem parte integrante da nossa tradição cultural de povo multissecular, procuram arredá-los, o mais possível, da praça pública. E, a esse propósito, estamos para ver o que vai acontecer em mais este Natal. Esperarmos que o quadro do Presépio de Belém, com o Menino Jesus, acompanhado de Maria e de José, o mais importante sinal identificativo da quadra natalícia, não fiquem fora da profusão de luzes e de cores com que as ruas estão a ser mais uma vez engalanadas.
Não tenhamos medo nem do Presépio nem do Menino Jesus, o Deus feito criança para nos salvar. Ele vem para nos ajudar a superar a crise das crises, que é a falta de amor e fraternidade na vida das pessoas. Que este Natal seja para todos nós o abrir as portas de par em par à vinda de Deus que só deseja recolocar as nossas vidas no projecto da esperança que o Presépio de Belém manifesta.
Guarda, Paço Episcopal, 17 de Dezembro de 2009
+Manuel R. Felício, B. da Guarda

domingo, 13 de dezembro de 2009

Solenidade da Imaculada Conceição - Homilia


Interrompemos hoje a semana de trabalho para celebrarmos a solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora; para celebrarmos a Festa da Padroeira. Voltamo-nos, por isso, para a Mãe do Redentor, Nosso Senhor Jesus Cristo, em tempo de Advento. Ela é, de facto, figura central do Advento, tempo que nos remete para a vinda de Jesus Cristo, o Salvador, nascido de Maria, no Presépio de Belém. E ao contemplarmos Nossa Senhora pelo ângulo do seu privilégio de ser concebida sem mácula do pecado original, o nosso olhar desloca-se para a realidade dramática constituida pelo mistério do mal que, de facto, invadiu, desde o princípio, toda a criação. Mas simulta¬nea-mente a nossa esperança fica fortalecida, ao contemplarmos também a sublime solução encontrada pelo amor de Deus para vencer este mal. E nossa Senhora é parte decisiva dessa solução.

De facto, o mal e o pecado invadiram o mundo e a realidade humana, em suas dimensões individual e social, desde o início. O relato do Génesis que escutámos é disso testemunha. O primeiro homem desiludido, a primeira mulher enganada e a serpente enganadora ameaçada de morte constituem os autores da desordem que atingiu toda a Humanidade, com repercussões na natureza criada, desde o seu primeiro momento. Uma semente de esperança, porém, aparece ligada à futura nova Eva, cuja descendência esmagará a cabeça da serpente, garantindo, assim, a vitória do bem sobre o mal, da Graça sobre o pecado.
É por isso que o sim de Maria ao convite de Deus feito através do Anjo Gabriel para ser Mãe do Salvador contrasta com o sim da primeira Eva à proposta tentadora da serpente. Com o seu sim ao convite de Deus, Maria abriu as portas de um novo futuro de esperança para toda a Humanidade; esperança essa fundada no Salvador Jesus Cristo que dela havia de nascer. Por sua vez, em ordem a cumprir a transcendente missão de acolher em seu seio o Salvador do Mundo, Maria foi esmeradamente preparada desde o primeiro momento do sua existência com o privilégio de ficar isenta de toda a espécie de pecado e, por isso, é imaculada desde a sua conceição.
Hoje, ao contemplarmos este privilégio de Maria, a nossa atenção volta-se para a dignidade de todo ser humano, sujeito de direitos, mas sobretudo do direito dos direitos que é o direito à vida, desde o primeiro momento da sua concepção. É este um direito que a sociedade e as suas leis parecem querer desistir de proteger, mas de facto ele é o direito fundamental e sem ele os outros de nada valem. E pelo facto de estarmos diante de seres humanos indefesos, mais se impõe que cuidemos deles e os protejamos por todos os meios ao nosso alcance. Por isso, todas as crianças, frágeis e sem defesas, merecem que, nesta hora, por elas dirijamos a Maria Imaculada, a Mãe modelo de todas as mães, uma prece muito especial.

Voltando ao sim de Maria, através do Anjo Gabriel, verificamos que ele, por um lado, contasta com a atitude da primeira mulher, mas, por outro lado, é modelo do nosso sim a Deus, aquele sim que somos chamados a dar todos os dias e com verdadeira determinação. Como nos lembrava o hino da Carta aos Efésios hoje escutado, cada um de nós foi pensado por Deus desde toda a eternidade. Ele escolheu-nos para cumprirmos no tempo a sua santidade, para sermos seus filhos adoptivos em Jesus Cristo. A nossa vocação, como diz a carta, é sermos um hino de louvor à Sua glória.
Sentimos também que a nossa missão, enquanto discípulos de Cristo, assim como a missão de toda a Igreja, é ajudar a Humanidade inteira a cumprir este desígnio divino de ser “um hino der louvor à Sua glória”. Para cumprir esta importante missão, a Igreja recebe do Espírito Santo o dom de muitos ministérios e entre eles o dom sublime do Ministério Ordenado. O Ano Sacerdotal que estamos a viver é convite de Deus a todo o Seu Povo para valorizarmos e colocarmos no devido lugar o Ministério Ordenado; mas é igualmente convite para sabermos articular com ele e, por ele, em favor de toda a comunidade, a variedade dos ministérios que nela são suscitados pelo mesmo Espírito.
Por isso, escutamos o convite do Santo Padre para que, neste Ano Sacerdotal, todos nós sacerdotes, através de uma cuidada espiritualidade centrada na renovação interior, sejamos cada vez mais padres segundo o Coração de Cristo. E o Papa não se esquece de nos lembrar a nossa fragilidade, dizendo que trazemos connosco um precioso tesouro, mas em vasos de barro. Tem o cuidado de sublinhar o risco do cansaço e mesmo do desânimo que nos espreita a cada passo e que, de facto, nós sentimos a bater-nos à porta em variadíssimas circunstâncias, sobretudo quando o trabalho aumenta e as forças diminuem ou quando o entusiasmo da primeira hora parece arrefecer perante situações adversas e inesperadas. A resposta encontrou-a o Santo Padre na figura carismática do Santo Cura d´Ars, um sacerdote que soube confiar-se por inteiro à Providência Divina e ao Coração de Cristo, único Sacerdote e entregar-se generosa¬mente aos cuidados pastorais de um povo que, de início, o rece¬beu com muita frieza e até desprezo, mas depois o elegeu como seu pastor e modelo de vida. O segredo deste êxito pastoral este¬ve no tempo dedicado à oração e ao acolhimento das pessoas, chegando este Santo Cura a passar 16 horas diárias na Igreja, distribuídas entre o sacrário, o altar e o confessio¬nário. E não fiquemos a pensar que ele vivia alheio às necessidades materiais das pessoas, pois também criou o seu centro social paroquial, cuja gestão soube entregar a pessoas criteriosamente escolhidas.

Mas o Ano Sacerdotal não foi pensado e programado só para os sacerdotes. Ele é dirigido, de facto, a todo o Povo de Deus, não só porque todo ele é um Povo Sacerdotal, mas também porque o mesmo Espírito Santo que faz de nós, pelo Sacramento da Ordem, Ministros de Cristo, Cabeça e Pastor do Seu Povo, faz também dos outros discípulos de Cristo servidores da mesma Igreja em outros ministérios não ordenados e muito diferenciados. A nossa responsabilidade é agora sabermos articular bem estes ministérios para serviço do bem comum de toda a Igreja. É-nos, de facto, pedido e com mais insistência neste Ano Sacerdotal, para promovermos o corpo e a comunhão dos ministérios necessários para construir a comunhão da Igreja nas nossas distintas comunidades. E cada vez sentimos mais que é a diferentes corpos de ministérios presididos sempre pelo Ministério Ordenado que o mesmo Jesus Cristo entrega a responsabilidade conjunta e diferenciada de decidir e promover a condução da sua Igreja nas diferentes comunidade que lhe dão rosto.

E agora dirijo-me, de forma especial aos dois candidatos que se apresentam para serem ordenados diáconos. Luís Miguel Freire e Luis Miguel Nobre, hoje dais um passo decisivo na vossa vida pessoal, que o é também na vida da Igreja. Esse passo é a entrada na Ordem dos Diáconos com vista ao Ministério Sacerdotal. O que acabo de dizer sonbre o Ano sacerdotal e as interpelações que ele faz quer a nós sacerdotes quer ao conjunto de todo o Povo de Deus são também interpelações dirigidas a cada um de vós. Os tempos presentes em que se desenrola a vida da Igreja e em particular o Ministério Sacerdotal não são fáceis e não se adivinha futuro de mais facilidade. A cultura ambiente em que temos de viver e desenvolver o nosso Ministério, de facto, apresenta-se com progressiva agressividade em relação aos valores evangélicos que queremos viver e defender. É uma cultura com variadas tendências que não ajudam o processo geral da humanização e muito menos ajudam ao cumprimento do nosso Ministério e da nossa missão evan¬gelizadora. Permito-me lembrar algumas dessas componentes da cultura ambiente que nos são adversas. Uma delas é o individualismo e a pretensa autonomia absoluta da consciência pessoal, que conduz ao relativismo. Acrescento-lhe a progressiva perda do sentido de pertença nas pessoas e nos grupos. Outra é o princípio indiscutível da satisfação dos desejos pessoais a qualquer preço acompanhado da liberalização sexual fora de qualquer regra. Destaco também a predominância de um modelo de cultura sem Deus ou pelo menos que pretende, a todo o custo, expulsar Deus do palco da vida social.
A estas dificuldades vindas do exterior jnuntam-se outras que vêm do interior das nossas comunidades cristãs ou mesmo de nós próprios.
De facto, as comunidades cristãs que temos hoje pedem-nos muito trabalho e quase sempre o mesmo trabalho que pediam quando, há décadas atrás, os sacerdotes eram o dobro daqueles são hoje; mas também quando os habitantes na área dessas mesmas comunidades eram o triplo e até quatro e mais vezes do que hoje são. E com a agravante de que nos pedem com fre¬quên-cia coisas que nós não lhes devemos dar e não se empe¬nham nas propostas que lhes fazemos e que são decisivas para o futuro da Fé nos nossos ambientes. Refiro-me, agora, às propos¬tas de catequese e de formação cristã, que estão longe de ser aco¬lhidas com o entusiasmo desejável. Realmente situações destas ou outras similares podem gerar em nós a sençação de so¬bre¬carga pastoral e até de algum desânimo, com repercus¬sões na saúde física, psicológica e mesmo espiritual e sobrena¬tural.
E não podemos esquecer-nos que nós próprios também pode¬mos ser fonte de algumas dificuldades para o exercício do Mi¬nis¬tério. De facto, o nosso Minsitério nunca se pode confundir com qualquer técnica de condução social. Ele é sempre e só a interpretação visível da Pessoa de Cristo Cabeça e Pastor do Seu Povo. Por isso, ou ele está permanentemente ancorado na re¬la¬ção vital com Cristo ou se tarnsformará em vazio e desi¬lusão. Por isso, a Eucaristia diária, a Liturgia das Horas, a confissão frequente e os tempos especialmente dedicados a organizar a relação com Ele, como são os retiros e especialmente o retiro anual, são factores decisivos para o entusiasmo no desempenho do nosso Ministério, com repercussões na sua componente fun-da¬mental de zelo apsotólico e missionário.

Convido-vos, por isso e desde já, a reforçardes a vossa preocu-pação por encontrar formas de darmos conjuntamente cumpri-mento à radical forma comunitária do Ministério Sacerdotal, assim como tam¬bém à Fraternidade Sacramental que todos os Sacerdotes são convidados a viver em Presbitério.

O facto de hoje celebrarmos também uma instituição no Minis-tério de Leitor, dentro da caminhada para a Ordenação Sacer-dotal, ajuda-nos a retomar a consciência de que os ministérios são para ser exercidos em comunhão e num corpo sempre Presidido pelo único Pastor que é Cristo representado nos Ministros Ordenados.

A terminar, desejo pedir a ajuda de Deus e a protecção de Maria Imaculada para o nosso esforço conjunto de darmos cumpri¬men-to às responsabilidades que nos estão confiadas nesta hora par¬ti-cu¬lar da vida da Igreja e da sociedade como tal.

Guarda, 8/12/2009

+Manuel R. Felício, B. da Guarda

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Ordenações

No próximo dia 8 de Dezembro, pelas 15.30 serão ordenados diáconos o Luís Miguel Alves Nobre e Luís Miguel Pardal Freire, na Sé da Guarda. A cerimónia, será presidida por D. Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda, nela será também instituído, no Ministério de Leitor, André Manuel Esteves Lopes Roque.
Luís Nobre nasceu em 1981, na freguesia de Montijo, concelho de Setúbal e reside em Vilar Formoso, concelho de Almeida.
Luís Freire nasceu em 1979, na freguesia de S. Pedro (Covilhã), concelho da Covilhã.
André Roque nasceu em 1980, na freguesia de Louriçal do Campo, concelho de Castelo Branco.